quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Aprenda a chamar a polícia!








                            APRENDA A CHAMAR A POLÍCIA!


   Eu tenho o sono muito leve e, numa noite dessas, notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa. Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.
   Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado. Mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali,espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
   Perguntaram- me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não sabia e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
   Cinco minutos depois liguei de novo e disse com a voz calma:
 - Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal, estou retornando apenas para cancelar a viatura, já resolvi o problema.
   Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações, o tiro fez um estrago danado no cara.
  Também lancei uma granada no quintal, para ter certeza que não havia mais ninguém.
  A explosão arrancou as pernas e um braço do ladrão e ele está agonizando no quintal agora.
   Só queria agradecer a atenção.
   Passados menos de três minutos, estavam na rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.
   Ao chegarem, prenderam o ladrão em flagrante roubando o meu carro na garagem, e todos estavam surpresos por não ter encontrado uma cena de tragédia.
   Um tenente se aproximou de mim e disse:

  - Fui informado que havia matado o ladrão.

    Eu respondi: - Fui informado que não havia nenhuma viatura disponível...


                                                                                       
                                                                         Luís Fernando Veríssimo

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